“O que?”
“Como foi seu dia?”
E aquele “tunch tunch tunch” insuportável no ar.
“Normal, sem nenhuma novidade. Posso abaixar o volume para conversarmos?”
“Pode!”
O volume que antes estava no 18 passa a diminuir... 17, 16, 15.. 7, 6, 5...
“Se for para deixar tão baixo, então desligue, né!”
Mas... O que posso fazer se aquele som é horrível?
Mas é horrível para mim, uma simples questão de gosto.
Mas afinal de contas, o que é um gostar de?
O ser humano pode aprender muitas coisas na vida: aprender a ser educado, a respeitar, a se comportar na casa de estranhos, história, matemática (difícil, mas tem gente que consegue), outros idiomas, etc.
Mas o gosto é assim?
Pra mim, não.
Eu nunca escolhi o que seria agradável aos meus ouvidos, ao meu paladar ou aos meus olhos. As coisas simplesmente são ou não são.
É como se isso já estive definido em meu cromossomo, meu DNA – se bem que, no meu caso, não é genético.
Mas se é assim, não há escolhas, isso vem, como conviver com o que nos é insuportavelmente ruim? Como aceitar o diferente e compreender como pode alguém gostar daquele negócio tão horrível?
Tá, tá. Aquilo que pra mim é horrível!
E como é difícil muitas vezes.
Mas tudo e questão de respeito. Assim como o que eu não gosto me incomoda o que eu gosto incomoda alguém. Se todas as pessoas entrassem em atrito por ter interesses diferentes, viveríamos em uma guerra constante.
Se não aprendermos a praticar o respeito e a tolerância fica muito difícil a convivência com qualquer outro ser humano.
Mas essa prática e esse respeito têm que ser mútuo.
Percebo que isso não é usual nas pessoas. Por exemplo: Quando estou dentro do ônibus sempre tem um engraçadão que, com o celular, escuta aqueles Funks pornográficos em volume alto, não se importando nenhum pouco com o fato de que ele NÃO ESTA SOZINHO NO ÔNIBUS e que EXISTEM FONES DE OUVIDO A VENDA NO MERCADO!
Por mais que eu tenha uma vontade de fazer um celular voar, não posso. Infelizmente.
Você é o que é. Gosta do que gosta e não tem “culpa” por ser assim. Aceite-se. Aceite a diferença do outro e, acima de tudo, respeite o fato de que você não é dono da verdade. Cada um é cada um.
O que seria do Rock se todos gostassem de Dance?
O que seria do Restart se todos gostassem do Luan Santana?
(Disso eu to salva, tanto de um quanto do outro. Ah, eu sei, mas pra mim é horrível, fazer o que?)
O que seria de você se todos gostassem da Mariazinha?
O que seria do branco se todos gostassem do preto?
E assim vai... São infintas as possibilidades...
Vivemos em um mundo repleto de diversidades... poderia ficar falando horas e horas sobre todas as diferenças que encontramos todos os dias nas pessoas. Se a diversidade existe, por que não pode haver o respeito? Posso não concordar com o que você diz, posso não concordar com a roupa que você usa, com a musica que você ouve ou até mesmo com a sua orientação sexual mas que direito eu tenho de te julgar, de te maltratar ou de exigir que você aceite a minha opinião, minha cor, minha cultura o meu qualquer coisa minha como sendo a única correta no mundo?
Adoro esse ditado popular: “Respeite para ser respeitado.”
Acho que viveríamos muito melhor se isso fosse realmente levado a sério!
Ótimo restinho de semana :)