sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Vilões de nós mesmos...

“Quase todos os homens são capazes de suportar adversidades, mas se quiser por a prova o caráter de um homem, dê-lhe poder.” (Abraham Lincolm)


Lançaram-me um desafio. Alguém que me é muito querida pediu para que eu escrevesse sobre a mudança que o poder causa nas pessoas. Aceitei e passei a pensar sobre isso.

Poder... Poder... Poder... Poder???? Mas, o que é realmente Ter Poder??

Minha idéia do verdadeiro poder difere da maioria das pessoas...

As pessoas vêem o poder no dinheiro, nos bens materiais, na beleza física, em um sobrenome, uma herança, em um mandato político, em um cargo ou uma posição de nível hierárquico superior, etc.



Pessoas que tem acesso a qualquer tipo desses citados sentem-se superiores, soberanos... Andam com o “nariz empinado”, mais tão empinado, que perdem a capacidade de olhar por onde estão andando e não percebem que quando estão pisando em outros, estão machucando a si mesmos. Seus egos os cegam, o centro do universo passa a ser seus umbigos, a vontade de ter cada vez mais desse poder os movem, perdem a sensatez, perdem o caráter, perdem-se...

Sua vida transforma-se em uma busca por cada vez mais, custe o que custar...

A cegueira não faz com que as pessoas percebam o quanto estão equivocadas, acham-se no direito de tratar os outros da forma que bem entendem e não percebem, mesmo, o quanto estão errados.


Apesar de você estar lendo tudo de uma única vez, a cada coisa que eu acrescentava na lista e ao mencionar cada perda que essa busca acarreta, parei de escrever várias vezes para pensar. Impressionante como tudo isso afeta a consciência e a mente. A pessoa cava um buraco e se joga nele, de cabeça.

Nossa... É terrível...




Nessas pausas, lembrei-me de um dia em que eu estava indo à casa da minha mãe de carro (uma Parati ano 91) e havia um Camaro (novo) parado ao nosso lado no sinal. Acho esse carro lindo e estava olhando para ele. O motorista percebeu que eu estava olhando para o carro e quando olhei para ele (motorista) esta pessoa estufou o peito (tipo pombo), empinou o nariz e, quando abriu o sinal, acelerou muito “costurando” os outros carros. Pensei comigo: “Que ridícula” (a atitude). Mas ele se achou o máximo, no mínimo.

É só um carro... Só um carro, entende?? 

Soberano? Não, soberbo.

O pior e que tem o outro lado. Aqueles que não têm esse poder, mas colocaram como seu objetivo de vida. Estes igualmente se perdem.
Sentem-se frustrados, perdedores, diminuídos e acreditam que não ter dinheiro (ou outro tipo desses poderes aí) é um grande defeito... E a qualquer coisa que adquirem, mesmo que em prestações a perder de vista ou com o aquele jeitinho (sabe aquele?), ficam soberbos. Querem a todo custo “sentir o gostinho de se sentir superiores”.

Por quê? Realmente vale a pena?

Com toda a certeza, não quero isso na minha vida.
Não mesmo.




Poderoso não é aquele que exerce poder sobre outros, mas o que consegue exercer sobre si.




Shalom....

Nenhum comentário:

Postar um comentário