segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Eu - copia

Copio poemas que leio por não ter outra forma de dizer aquilo que gostaria de ter dito...
Copio frases que leio por ter me encontrado nas palavras de outro alguém...
Copio notícias, notas, imagens...
Sou cópia de tudo o que me cerca... um amontoado de retalhos e com estes costuro minhas idéias.
Me transformo a cada cópia, me reinvento a cada retalho...
Um xerox de vários outros que nunca toquei mas que pude sentir com os olhos ou com os ouvidos e depois de senti-los não sou mais a mesma...
Sou cópia por não conseguir ser inovadora mas sou única pela diversidade de retalhos...
Cópia de muitos mas singular...
Ou não!
=D


quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Como sou demais!!!!

Todo mundo tem uma palavra que, por algum motivo, não gosta. Eu tenho a minha.
A palavra que me dá aquela sensação ruim é “intelectual”.
Sim, detesto a palavra intelectual.
Percebo que aqueles que se autodenominam assim sofrem uma regressão de comportamento e não uma evolução.
Autodenominam-se intelectuais pessoas que já leram diversos autores, em grande maiorias filósofos, e, por este motivo, consideram-se grandes pensadores....
Quando ouço alguém dessa “categoria” expor sua opinião, já imagino que no final da palestra este dirá que o próprio Zeus o convidou para uma festa no Olimpo onde lhe será entregue um título de semideus honorário. Se é uma mulher intelectual até me preocupo com as cantadas que Zeus fará em seus ouvidos por ela ser tão inteligente e admirada.
Uma regressão...
Acham-se tão superiores que suas atitudes se comparam a daqueles que recebem o nome de ignorantes pelo tamanho da arrogância.
Um intelectual ignorante.
Como não pertenço a esta grupo seleto, fui ao Google para pesquisar a palavra e no Wikipédia está descrito o seguinte: “Um intelectual é uma pessoa que usa o seu "intelecto" para estudar, reflectir ou especular acerca de idéias, de modo que este uso do seu intelecto possua uma relevância social e coletiva.”
Se esses intelectuais existem, se esses serem superiores vivem entre nós, onde eles estão??
Qual relevância social e coletiva andam praticando que não vejo?
Tudo bem, posso estar generalizando e até podem haver pessoas intelectuais que fazem algo de realmente relevante... mesmo assim ainda me questiono sobre o quão importante esses tem sido.
De que adianta estudar tanto, ler tanto, se mostrar tanto?
Realmente não sei... nem sei porque eu estou me perguntando sobre ou escrevendo sobre...
Só sei que essa palavrinha me dá arrepios... detesto intelectual.




terça-feira, 4 de outubro de 2011

Martin Heidegger

Quando a tecnologia e o dinheiro tiverem conquistado o mundo;
Quando qualquer acontecimento em qualquer lugar e a qualquer tempo se tiver tornado acessível com rapidez;
Quando se puder assistir em tempo real a um atentado no ocidente e a um concerto sinfônico no oriente;
Quando tempo significar apenas rapidez online; 
Quando o tempo, como história, houver desaparecido da existência de todos os povos, 
Quando um esportista ou artista de mercado valer como grande homem de um povo; 
Quando as cifras em milhões significarem triunfo, - então, justamente então -- reviverão como fantasma as perguntas:
Para quê? Para onde? E agora?
A decadência dos povos já terá ido tão longe, que quase não terão mais força de espírito para ver e avaliar a decadência simplesmente como... Decadência.
Essa constatação nada tem a ver com pessimismo cultural, nem tampouco, com otimismo...
O obscurecimento do mundo, a destruição da terra, a massificação do homem, a suspeita odiosa contra tudo que é criador e livre, já atingiu tais dimensões, que categorias tão pueris, como pessimismo e otimismo, já haverão de ter se tornado ridículas.